Nunca pensei que fosse ser assim, mas quer saber, que se dane. Pelo menos eu arrisquei, é, eu arrisquei e perdi, mas como dizem por ai, foi um mal necessário. Quem em sã consciência ficaria ali, olhando sua vida passar enquanto podia mergulhar de cabeça e nadar até o ponto mais alto?
Sabe o que eu fiz? Pulei do precipício, não cai de cabeça, mas cai, e cai feio, ai eu comecei a me recuperar, fiquei mais forte e decidi que mergulharia de vez naquela loucura que eu chamava de vida amorosa. Sim, uma vida amorosa sem amor, ou melhor, com amor, não correspondido mas com amor. Estava disposta a apostar tudo o que eu tinha, eu faria dar certo, eu era boa o suficiente. Me preparei e pronto, mergulhei.
Passei por várias tempestades, me afoguei algumas vezes, mas nada grave, eram apenas lágrimas e não rios inteiros. Quebrei meu coração algumas vezes, mas esse já estava tão acostumado com isso que não se deixou abalar, continuava batendo pelo mesmo ser que fez questão de destrui-lo, não só uma mas várias e várias vezes. Estava quase chegando ao apogeu quando algo me puxou para baixo. Era a invejosa.
Isso sempre acontecia, quando eu estava prestes a conseguir ela aparecia e fazia de tudo para não me deixar ganhar. Sua inveja me fortalecia ao mesmo tempo que me atrapalhava, a cada puxão para baixo eu subia duas vezes mais. Ela percebeu que não conseguiria me deter, não dessa vez, então me deixou ir. Continuei nadando, as remadas foram ficando mais forte e a praia foi se aproximando, lá era o tão esperado apogeu.
Nadava cada vez mais rápido, afinal, eu tinha apostado tudo naquele amor. Eu estava fazendo tudo por ele, e sinceramente, para mim fazer tudo já era o suficiente. Cheguei até a praia, procurei o amor que eu tinha vindo buscar e adivinhem só, ele não estava lá. Já era de se esperar, afinal, ele não espera ninguém.
Agora, depois de apostar tudo por ele fiquei sem nada, não sobraram lágrimas, sentimentos e nem mesmo o amor. É eu perdi tudo. Mas como dizem os mais vividos, a vida é assim mesmo, você não tem sorte no jogo e azar no amor, ou vice e versa. Mas agora eu preciso seguir em frente, encontrar o caminho de volta, sem nada para apostar, só com a certeza de que não irei morrer na praia. E se me mandarem escolher entre o amor e o jogo eu fico com o jogo. Afinal, o amor é e sempre foi um eterno jogo em que só vence quem está disposto a arriscar.
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