Está aqui, intacto, do mesmo jeito de antes, não mudou. Ainda o sinto por perto, ainda o desejo, mesmo estando longe. Passo horas olhando para fora, esperando meu Romeu aparecer, mas nada dele. A única coisa que ele deixou para trás foi o amor que eu sentia por ele, esse que permanece intacto dentro de mim.
Olhos procurando por qualquer movimento na rua, qualquer pessoa que passa pode ser ele, mas não é. É difícil ter que admitir, mas ele se foi e me deixou, como sempre, sozinha. Meu coração dispara ao ouvir seu nome, minhas mãos tremem ao atender o telefone, e ao dizer alô, sobra o silêncio de desapontamento ao ouvir uma voz que não é a dele.
Começo a seguir em frente e tento esquecer, mas dói. Cada pensamento me faz lembrar de tudo, de cada detalhe, de cada sorriso. Para onde foi o meu Romeu? Busco ele em cada um que tenta substituí-lo, mas não o encontro, ninguém nunca o substituirá, não por inteiro.
Meus olhos ficam cheios d'água quando minha mente decide lembrar do que o meu coração estava disposto a esquecer, começa então uma guerra sem fim entre a razão e a emoção, entre querer e poder, entre sentir ou não sentir.
Esqueço de mim mas não deixo de lembrar dele, todos os dias, todas as noites, sempre que possível. Ele está na minha mente. Antes de partir ele disse que o problema não era eu e sim ele, mas me recuso a pensar que isso é verdade. Se o problema era ou não ele, eu que deveria perceber certo?
Não importa, agora é tarde demais. Fico aqui, lembrando de cada lembrança, cada momento, tentando me acostumar com a presença da ausência e querendo seguir em frente. Sem o meu Romeu.
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